Superman voa alto nos cinemas com novo universo DC

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Superman mira em publico mais jovem, renovando a geração de fãs

:: CONTÉM LEVES SPOILERS DO FILME ::

Um dos primeiros pontos que quero comentar é sem dúvida nenhuma, o pé no chão, que James Gunn, o diretor de Superman teve nesta produção. Estávamos acostumados a ver um Superman nos cinemas mais parrudo, indestrutível, sombrio assim como o Batman. E nesta nova produção do Homem de aço, foi desconstruído todo esse legado. O Homem de aço voltou aos primórdios da era Reeve, mais carismático, mais humano, mais Smallville e menos Metrópolis (mesmo 90 por cento do filme se passando na grande cidade do Clarim Diário). Toda essa ideia de herói sombrio é desligado das outras versões, e este novo Superman se afasta até mesmo de seus antigos filmes, sem perder a sua essência.


A história se passa apenas 3 anos após Clark (David Corenswet) decidir ser um herói, ele ainda esta saindo da fase "Superboy" e esta aprendendo a dominar seus limites. Isso traz um herói mais leve, querendo se divertir salvando pessoas, namorar, ter uma vida, tirar o gatinho da árvore. E começa com ele aprendendo uma lição importante, que só é finalizada em  prova lá no final do filme. De que a inteligência vence a força. Quem ensina isso ao Superman é seu arqui-inimigo, Lex Luthor (Nicholas Hoult). O filme já inicia no final de um "primeiro embate" entre os dois rivais, e com a primeira derrota do nosso herói. É aí que o filme já inicia de uma maneira criativa entre outras produções de heróis do momento. Não há origem de personagem neste filme, e você não sente absolutamente falta disso. Mesmo jovens da nova geração, que irão testemunhar pela primeira vez o herói de aço nos cinemas, não sente  falta de uma apresentação ao personagem. Tudo fica bem explicado e detalhado, sem explicar tanto.

Clark Kent não parece com o Superman

Um destaque foi a atenção dada ao disfarce do herói. Pela primeira vez é apresentada da maneira correta o uso do óculos que Clark usa para distanciar o rosto dele para com o destemido Super-Homem. Fica bem visível agora para quem assiste também que deixaram bem diferente o rosto do herói.

Toda essa essência de bom moço, é passada com perfeição, as vezes de maneira um pouco infantil, devo dizer, mas de nenhuma maneira desonesta com o público. 


E esse Superman que protege Metrópolis traz inspirações, com outros heróis dentro do filme: Mulher Gavião, Senhor Incrível e Lanterna Verde. Todos vem de maneira leve proteger a cidade, oque ajuda muito nas cenas de ação e ligação um com os outros. Eles não lutam obedecendo ao Superman, mas o respeitam como herói principal. Toda essa atmosfera de respeito me lembrou muito os desenhos animados de antigamente, como a Liga da Justiça sem limites, onde tudo é encaixado cada um no seu lugar, sem protagonizar ninguém, mas respeitando os criadores do grupo. Guy Gardner, o Lanterna Verde (Nathan Fillion) é um show a parte e um alívio cômico para várias cenas. O personagem é extremamente carismático e chama muita atenção com seu estilo vintage-brega. Um estilo único bem James Gunn.



Clark e Lois Lane tem uma química muito boa em cena. Em todas as vezes em que aparecem, nunca se olham como Lois e Superman e sim como namorados, oque demonstra muita intimidade entre eles. Uma cena bem interessante em que Lois tenta entrevistar o alter-ego Superman é deveras provocante e bem fan-service para o público. 

O pequeno mascote Crypto traz mais leveza ainda para o filme. Se algumas cenas e textos são bem infanto-juvenis e leves, o super-cão chega sempre nas horas de respiro no filme para cravar esta ideia, de que o Superman é um ser que vive de maneira normal, enquanto não está protegendo o mundo.

Outros personagens secundários que completam o enredo do filme, é a Engenheira (María Gabriela de Faría) e o Ultraman. Estes protagonizam as mais fortes cenas de ação do longa, e tem uma participação ok na produção, junto ao vilão principal, Lex Luthor.


A Dupla Perfeitamente contrária de Lex e Superman

Não tem como falar do novo filme de Superman, sem lembrar de Lex Luthor. Me arrisco a dizer que o ator Nicholas Hoult se esforçou tanto na atuação do famoso vilão da DC, que chegou a roubar o protagonismo do herói do filme, todas as vezes em que ele pingava em cena. Um diálogo inteligente, frases provocantes, e estratégias que fazia o simples ser humano de Lex ser superior a força do Super Homem em quase todas as ocasiões. O vilão bilionário Lex Luthor sabia entrar e sair de qualquer situação. Estava preparado para todos os cenários possíveis, o que fez o nosso herói passar um sufoco grande com os embates. Até a cena final em que Superman consegue dar a volta nas ações desastrosas de Lex e chegar até o vilão, a humanidade do homem de aço o impede de tocar no vilão. A química entre os dois atores está muito boa, e parece que um depende do outro para atuar e dar vida aos personagens. Espero ver mais desses dois atores em cena, em outros filmes do universo DC.

Se você assistiu ou vai assistir ao filme, não leve como referencia os filmes antigos da DC, onde o Superman era sombrio e sério. Aqui temos a essência bem clássica e simples dos quadrinhos, brega de um jeito divertido, como todo herói das HQs clássicas deve ser. 


É tempo de devolver a parte sombria para os vigilantes noturnos.





Superman (2025)
 DC Studios 
Diretor: James Gunn
Estrelando: David Corenswet, Rachel Brosnahan, Nicholas Hoult, Nathan Fillion, Isabela Merced, Edi Gathegi
 2025 | Ação/Ficção científica - 2h 9m

Disponível nos cinemas

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